No caminho para o trabalho sempre ouço rádio. Como o percurso demora uma hora gosto de me informar nesse período principalmente sobre a previsão do tempo (por aqui isso é sempre muito importante). Costumo ouvir uma rádio de Rock clássico apresentada por um casal super bem humorado e que falam sobre os mais diversos assuntos.
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Um dos temas (e que foi destaque da programação de hoje) foi "The talk". Prá quem não está familiarizado com esse termo, esta é a forma que os americanos usam prá se referir a primeira (e muitas vezes a única) conversa entre pais e filhos sobre orientação sexual. Parece que, de acordo com uma pesquisa, essa conversa tem acontecido cada vez mais cedo e, hoje, cerca de 50% das famílias a realizam quando os filhos tem 10 anos de idade.
Outro fato interessante da tal pesquisa é que 25% dos pais com filhos entre 19 e 21 anos nunca falou sobre sexo seguro! Bom, vamos deixar esse dado prá um post futuro... O que mais me chamou atenção foi a quantidade de ligações e como os próprios apresentadores se sentiam desconfortáveis com o assunto.
Isso me fez lembrar um incidente que ocorreu uns 3 anos atrás. Um colega de trabalho foi chamado na escola do filho de 5 anos urgentemente! Claro que ele não pensou duas vezes e foi correndo, no dia seguinte ele estava indignado! Seu filho havia sido suspenso por uma conversa que aconteceu mais ou menos assim:
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O pequeno, após ser agredido por um colega de sala, chama a professora e diz:
- Professora ele me chutou!
- Está doendo muito? - diz a professora
- Sim!
- Deixa eu ver. Onde foi que ele te chutou?
- No pênis.
Professora perplexa, colegas com cara de espanto. O filho do meu colega é levado a direção. O pai é chamado. Tudo porque o menino usou o termo "pênis", nome anatômico, no lugar de palavras aceitáveis como, em tradução livre, piupiu, passarinho, pipi, etc...
Claro que meu colega de trabalho estava indignado e recorreu de todas as formas legalmente possíveis (o que aqui sempre inclui um processo) prá que a escola se retratasse. Infelizmente não teve sucesso.
Sempre me perguntei como nossa sociedade, que se diz tão evoluída passou disso:
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Nem quero falar sobre os que dizem que mulheres com roupas X ou Y estão se desvalorizando ou pedindo prá serem agredidas...
Vergonha alheia define meu sentimento nessa manhã.
Até breve,
Ci
Vergonha alheia em dobro :(
ReplyDeleteComplicado né amiga?
Deleteirônica nossa relação com o nome real da coisa. Parece que sempre há uma aversão a pênis e vagina, e a escola é quem ensina esses nomes, até onde me lembro foi no ensino fundamental que aprendi isso.
ReplyDeletechocada não é uma boa palavra, mas realmente não concordo com a escola.
Pois é Ju... eu acho muito incoerente.. Ah, aqui não tem educação sexual nas escolas por conta de padrões religiosos.... vai entender...
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